terça-feira, 3 de abril de 2012

Depressão

O Que é Depressão?

A depressão é uma doença "do organismo como um todo", que compromete o físico, o humor e, em conseqüência, o pensamento. A Depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas.

O Que é o Afeto 

O Afeto é a parte de nosso psiquismo responsável pela maneira de sentir e perceber a realidade. A afetividade é, então, o a parte psíquica responsável pelo significado sentimental de tudo aquilo que vivemos. Se as coisas que vivenciamos estão sendo agradáveis, prazerosas, sofríveis, angustiantes, causam medo ou pânico, dão satisfação, etc., todos esses valores são atribuídos pela nossa afetividade. Será através de nosso Afeto que o mundo, no qual vivemos, chega até nossa consciência com o significado emocional que tem para nós.
Devido ao afeto depressivo e negativo, as sensações físicas corriqueiras e habituais em qualquer pessoa são valorizadas pessimistamente nos deprimidos. Uma simples tontura, por exemplo, apesar de ser um acontecimento perfeitamente trivial na vida de qualquer pessoa, é percebida como algo mais sério pelo deprimido, como uma ameaça de desmaio ou coisa assim.

Causas

As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, estilo de vida, separação dos pais, rejeição, problemas na escola e outros fatores estão relacionados com o surgimento ou agravamento da doença.
Sabe-se hoje que a depressão é associada a um desequilíbrio em certas substâncias químicas no cérebro e os principais medicamentos antidepressivos têm por função principal agir no restabelecimento dos níveis normais destas substâncias, principalmente a serotonina.

Sintomas

Os sintomas depressivos podem ser divididos entre: cognitivos, fisiológicos e comportamentais.
Cognitivos
Humor deprimido: desânimo persistente, tristeza, baixa autoestima, sentimentos de inutilidade, vazio, culpa ou/e irritabilidade;
Redução da capacidade de experimentar prazer na maior parte das atividades, antes consideradas como agradáveis;
Diminuição da capacidade de pensar, de se concentrar, memorizar ou de tomar decisões;
Ideação suicida.
Fisiológicos
Fadiga ou sensação de perda de energia;
Alterações do sono (mais frequentemente insônia, podendo ocorrer também sonolência excessiva ou sono interrompido);
Alterações do apetite (mais comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite);
Redução do interesse e prazer sexual;
Agitação motora, inquietude;
Alterações dos rimos circadianos (dormir fora de hora).[10]
Evidências comportamentais
Retraimento social;
Chorar mais e com mais frequência;
Comportamentos suicidas;
Retardo psicomotor e lentificação generalizada, ou agitação psicomotora;
Tentativa de suicídio.

Tipos de Depressão

À Depressão pode se manifestar como Depressão Típica ou Depressão Atípica. A Depressão Atípica é uma maneira disfarçada da Depressão se apresentar. Isso acontece, normalmente, naquelas pessoas que não se permitem sentimentos sem motivo e, apesar de já terem ido à muitos consultórios médicos com as mais variadas queixas e de terem feito inúmeros exames, continuam achando que a medicina ainda não conseguiu descobrir a causa de seus problemas.
A Depressão Típica, por sua vez, se manifesta com todos os sintomas emocionais típicos, tais como apatia, desinteresse, tristeza, desânimo, etc. A Depressão pode ser entendida como um estado afetivo rebaixado. Portanto, o que mais se constata na Depressão Típica é um cansaço ou inibição das atividades físicas e psíquicas tal como se houvesse uma perda de energia geral. Para as pessoas deprimidas todas as atividades parecem mais cansativas, difíceis e tediosas. Há um comprometimento do ânimo geral para tudo, inclusive para as atividades que deveriam dar prazer.

O Tratamento da Depressão

Se a Depressão pode ser considerada, hoje em dia, realmente uma doença que acomete o ser humano então, como qualquer outra doença, deve ser tratada pela medicina. E a medicina dispõe, felizmente, de recursos muitíssimo satisfatórios para este tratamento.
Desde o descobrimento dos primeiros antidepressivos, na década de 50, até hoje, muito se progrediu nessa área. Atualmente os medicamentos para depressão são muito eficientes, específicos e cada vez com menos efeitos colaterais. Os antidepressivos NÃO são calmantes. São substâncias específicas para a correção do humor ou do afeto.
Se o tratamento deve ser mais prolongado ou mais breve é uma importante questão que deverá ser avaliada pelo médico e discutido com o paciente. O paciente deve saber sobre a natureza dos medicamentos, suas ações e efeitos adversos, sobre o tempo previsto para sua ação terapêutica (normalmente em torno de 2-3 semanas), bem como a previsão de tempo de uso.
É sempre importante termos em mente que os sintomas ansiosos e físicos desaparecerão com o tratamento da Depressão na expressiva maioria dos casos, sem necessidade de ansiolíticos (calmantes) e/ou medicamentos sintomáticos. Havendo necessidade desses medicamentos para alívio mais rápido de sintomas físicos e ansiosos aborrecedores e que normalmente são a principal queixa que motiva a consulta, devemos considerar o curto espaço de tempo em que serão usados. O principal medicamento será sempre o antidepressivo.
Se o paciente é deprimido, o tempo de tratamento pode ser mais longo e, inversamente, se o paciente está deprimido, passa apenas por uma fase de Depressão, podemos pensar num tratamento mais breve.


Depressão nada mais é que um ciclo vicioso pessimista. Quanto mais se pensa, mais se enfraquece; quanto menos se age, mais se afoga.( Larisse Ribeiro)

( pesquisa web imagem google imagens)

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